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12.4.08

O PROJETO ÔMEGA

O contista paulista Linx, fundador do grupo literário IRMANDADE DAS SOMBRAS estréia como colaborador da Câmara com um conto cruel, sádico, inquietante.

O Projeto Ômega


*Conto forte, com leve apelo erótico. Não prossiga se o conteúdo lhe for ofensivo*


Os três homens entraram na sala enfileirados, se dirigindo a um dos lados da sala e vestindo uma espécie de traje cirúrgico. Um deles, ao acabar de calçar seu par de luvas caminhou ao centro da sala onde estava uma grande caixa transparente com um homem desacordado dentro. Os outros dois logo acabaram também de se aprontar e se dirigiram para ao lado do outro que olhava atentamente através de seus óculos o corpo que repousava ali. Desviando o olhar por um tempo fez um sinal de cabeça ao outro, esse então se dirigiu a uma mesinha ao fundo e apanhou uma papeleta.

— Paciente 135AHF56789012HJ do projeto Omega. Homem de trinta e dois anos, caucasiano, solteiro, mecânico, sem filhos ou parentes próximos, sem qualquer histórico de doença grave. Disse ele lendo as anotações da papeleta que segurava.

Ao acabar a leitura o homem se dirigiu ao lado dos seus companheiros. Um deles lhe bateu nas costas e foi a frente. De uma mesa mais próxima deles tirou um livro pequeno com um símbolo vermelho cravado. Os outros dois levaram a mão na testa, fazendo sinal de continência.

— Com bases nas leis da constituição federal, nos incisos sobre as experiências em nome do bem coletivo e com base no julgamento imparcial do poder judiciário, o estado nos concedeu o poder de usar esse antigo membro da sociedade, hoje condenado a morte e excluído de suas faculdades de decisão e de sua liberdade, em nome de um bem maior. E que Deus tenha piedade de sua alma.

O homem abaixou por um instante sua mascara e beijou o livro, o passando para os outros dois que repetiram o ato.

— Comecemos então.

Um deles tirou uma pequena tampa que lacrava a caixa e jogou dentro dela um copo de água fria que o outro o entregou. O homem dentro da caixa acordou assustado. Por um momento não entendeu o que acontecia, até conseguir perceber que fora entregue as experiências doentias da Omega, um projeto do governo que fazia todo tipo de atrocidades com condenados.

Ele agora batia na caixa e gritava desesperado, enquanto os três preparavam uma grande mesa. Em cima dela botaram algumas grandes caixas metálicas, uma ao lado da outra cobrindo tudo com aqueles objetos.

A tampa foi novamente aberta por um deles, enquanto outro abria uma das caixas. Junto com o outro apanhou a caixa da mesa e a colocou em cima da caixa transparente onde agora o homem gritava cada vez mais insanamente.

— Adapte na caixa o sifão por favor.

— Assim? Disse ele apertando o objeto.

— Sim perfeito, agora me ajude a virar.

Os dois viraram a caixa e encaixaram a boca do sifão na entrada da caixa aberta deixando escorrer seu conteúdo. A coisa que de longe parecia apenas uma massa preta, era na verdade milhares de formigas, que se espalharam rapidamente pelo corpo do homem.

— Socorro! O grito, acompanhado de seus bruscos golpes só serviu para ticar o formigueiro que começou a descarregar sua fúria sobre o corpo do homem.

A cada picada ele gritava mais e elas ficavam mais atiçadas, o mordendo cada vez mais. Seu corpo ficava cada hora mais vermelho, enchendo-se de bolhas. A coceira e a dor eram insuportáveis e por mais que ele tentasse não conseguia fazer nada. As formigas comiam seu corpo como piranhas a um boi na água, cobrindo seu corpo por inteiro de picadas. Suas unhas se quebravam tentando coçar e sua pele agora estava toda lacerada por unhadas e isso só deixava as formigas com mais fome. Ele não mais continha seus olhos, ou qualquer outro orifício fechado e elas agora penetravam dentro de seus olhos, boca, nariz, ouvidos e anus, comendo suas mucosas por dentro.

Aquilo era algo insuportável. A dor não passava e a morte não chegaria tão cedo.

Os três olhavam aquilo atentos, como se fascinados pela dor insuportável do homem, que agora se contorcia menos não mais gritava, pois sua cavidade oral estava inchada pelas picadas e lotada de formigas.

O tormento já durava vinte minutos e já podia-se ver as vísceras do homem e em sues membros alguns pedaços já expunham os ossos. Por mais incrível que parecesse ele ainda respirava, apesar de fracamente, algo que durou mais alguns segundos. O corpo agora já estava morto, mas ainda era um belo banquete aquelas formigas, que agora não só o comiam por fora, mas também já lotavam seu interior.

Os homens tiraram o sifão e abriram outra caixa, repetindo o processo da outra com essa. Dentro dessa outra a substancia era formaldeído puro. Outras duas caixas também foram ali desprezadas, ambas contendo a mesma substancia da anterior, enchendo totalmente a caixa.Os homens então saíram da sala e se reuniram do lado de fora.

— E então você sabe qual era o objetivo dessa experiência?

Um deles riu.

— Esse homem era amante da mulher de um senador. Ele descobriu e plantou provas para condena-lo. A experiência que fizemos na verdade vai virar peça de enfeite na casa do nobre senador.

Ambos então riram junto com ele, uma risada sádica e cruel mista com os gritos de uma mulher vinda da sala ao lado
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*Este conto foi publicado originalmente no meu blog e a autoria foi dada a O Carniceiro, outro dos meus pseudonimos*

Linx

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